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O Ganho da Perda

Atualizado dia 18/07/2006 15:28:51 em Autoconhecimento
por Tatiana Magalhães


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Tenho pensado nisso ultimamente... Será que existe ganho quando se perde alguma coisa? Deve haver uma explicação para que, infelizmente (ou felizmente, quem sabe), aprendamos mais com a dor do que com o amor.

Peço licença para “filosofar” um pouco sobre o assunto. Talvez muitos de vocês entendam qual o propósito da perda, mas eu particularmente estou tentando tomar consciência disto agora.

Por um momento chega a ser revoltante que o meio mais eficiente de “sacudir a poeira e dar a volta por cima” seja em decorrência de uma bela “pancada”. Mas, por outro lado, depois que acalmamos os ânimos, até que faz sentido. Ora, se somos seres racionais na constante busca da evolução, do amor, da união e da integração, é perfeitamente compreensível reagir com condescendência aos acontecimentos decorrentes do amor. Eles nada mais são do que a afirmação e conseqüência de nossos reais desejos e de nossa essência.

Dito isso, fica mais fácil pensar pelo outro lado. Tudo o que nos acontece de “ruim”, ou melhor, o que nos provoca dor e sofrimento, é conseqüência contrária à nossa natureza. Portanto, qualquer indivíduo, mesmo se dotado da menor auto-estima que seja, sente-se violentado, agredido e injustiçado.

Por que não pensar, então, que se sofremos é porque nos amamos? Quer ganho maior que esse? Ainda mais em tempos onde o conflito tanto externo quanto interno nos distancia cada vez mais de nossa alma, de nossa verdade absoluta.

Devemos, portanto, nos orgulhar da nossa capacidade de sofrer que pode ser comparada à nossa capacidade de amar, tanto a si próprio como ao outro.

A sociedade ocidental compara o sofrimento à fraqueza e, apesar de estar inserida neste ambiente, passo a acreditar cada vez menos nessa crença. Já que se dá tanto valor à “força individual” dentro da sociedade, acho que poderíamos mudar um pouco o conceito disso e dizer, então, que fraqueza é não querer fazer nada a respeito com o que lhe acontece (o que nada tem a ver com o tipo, a intensidade dos sentimentos e o tempo que precisamos para nos recuperarmos).

É como disse Wagner Borges, colaborador do “Somos Todos Um”, que admiro muito:
"O que acontece, acontece! O que se faz com o que acontece, é que revela a sabedoria de cada um."

O sofrimento é o sinal de que precisamos cuidar de nós porque alguma coisa no meio do caminho aconteceu e esquecemos de lembrar como somos importantes e como nos amamos. O maior desafio, porém, é não se vitimizar, não projetar em nada e nem em ninguém a sua dor. Lembre-se que é hora de se transformar, de iniciar um novo ciclo onde nada fica obsoleto. Tudo tem seu início e seu fim. E o fim não será ruim quando se perceber que ganhou algo novo, uma chance de praticar o seu amor por você mesmo.

Texto revisado por Cris

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Conteúdo desenvolvido por: Tatiana Magalhães   
Tatiana Magalhães é escritora, colunista, taróloga e astróloga especializada em Astrologia Natal, Infantil e Previsões, presta atendimentos individuais e produz cursos e conteúdo voltado para leigos e estudantes de astrologia. www.tatianamagalhaes.net www.astralkids.net
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